As metrópoles vistas pela arte contemporânea
Os centros urbanos vêm sendo cada vez mais observados sob a lupa da arte contemporânea. Artistas imprimem as metrópoles de acordo com o seu olhar, sua linguagem. Prova disso, a mostra "Cidades: Derivas e Relatos" traz obras de artistas latino-americanos em contato com centros urbanos de vários cantos do planeta.
Nova York, Paris, Taipei, Santiago e outras cidades são dissecadas pela lente-bisturi dos artistas, segundo a direção do Grupo de Estudos Audiovisuais (GRAV), da Ufes. Essa dissecação se dá pelos 13 curtas-metragem escalados para exibição. E as narrativas variam. Enquanto no curta "AIA" (2009) a artista chilena Valentira Serrati convida o espectador a contemplar a cidade de Taiwan e o desamparo existencial do protagonista da fita, um personagem solitário pós-moderno e pós-industrial, em "Like a Selknam" (2005) Marcela Moraga espreme Rotterdam e extrai disso uma paisagem artificial originada dos sons do ambiente local. Assim, uma ideia de natureza e espaços artificiais, juntos e dentro na mesma cidade.
Em geral, os 9 artistas reunidos por seus vídeos, inéditos no estado, exercem o papel de contemplação e reflexão sobre os espaços onde muitos passam e não reparam o entorno. "A arte surge como uma resposta à civilização, à modernização que criam os centros urbanos. Nesse contexto das metrópoles e da urbanização constante é natural que a arte reflita acerca das cidades", explica um dos organizadores da mostra e professor do departamento de Comunicação Social da Universidade Gabriel Menotti.
Gabriel conversou com o Revista Universitária e, além da proposta do evento, também falou sobre o contato com a linguagem de video-arte que os curtas propõem.
Ouça a entrevista na íntegra.
SERVIÇO
Mostra: Cidades: Derivas e Relatos"
Cine Metrópolis, Ufes
Sexta-feira (19/07)
19:00
Entrada franca