AQUECIMENTO GLOBAL PODE RESSUSCITAR DOENÇAS EXTINTAS

AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS TRARÃO PROBLEMAS COM OS QUAIS A HUMANIDADE AINDA MAL SABE QUE TERÁ QUE ENFRENTAR. UM EXEMPLO DISSO É A POSSIBILIDADE DA VOLTA DE DOENÇAS PRESERVADAS SOB CAMADAS PERMANENTES DE GELO.

O BIÓLOGO EVOLUCIONISTA JEAN-MICHEL CLAVERIE DA UNIVERSIDADE AIX-MARSEILLE, NA FRANÇA, DISSE QUE O “GELO PERMANENTE É MUITO BOM EM PRESERVAR MICRÓBIOS E VÍRUS PORQUE É FRIO, NÃO TEM OXIGÊNIOS E É ESCURO”.

UM CASO EMBLEMÁTICO FOI UM SURTO RECENTE DE ANTRAZ NA RÚSSIA, UMA DOENÇA INFECCIOSA CAUSADA POR UMA BACTÉRIA CHAMADA BACILLUS ANTHRACIS. NA REGIÃO DA SIBÉRIA, A INFECÇÃO SE ESPALHOU E AFETOU DEZENAS DE MORADORES. A TEORIA MAIS ACEITA É QUE UMA RENA INFECTADA MORREU HÁ DÉCADAS (CERCA DE 75 ANOS) E FOI CONGELADA COM A BACTÉRIA NA REGIÃO. UMA ONDA DE CALOR NO VERÃO RUSSO TERIA REVIVIDO ESSA BACTÉRIA, QUE RESULTOU NA MORTE DE UM GAROTO DE 12 ANOS POR ANTRAZ.

OUTRO IMPACTO NEGATIVO COM O AUMENTO DA TEMPERATURA MÉDIA DA TERRA SERIA O CRESCIMENTO CONSEQUENTE DE ÁREAS PROPÍCIAS PARA A REPRODUÇÃO DE MOSQUITOS VETORES DE DOENÇAS. O ESTUDO APONTA QUE ÁREAS QUE HOJE NÃO SÃO APROPRIADAS PARA O MOSQUITO AEDES AEGYPTI DEVEM PASSAR A SER HABITAT DELE. SEGUNDO O ESTUDO, “ÁREAS DESFAVORÁVEIS HOJE, COMO AUSTRÁLIA CONTINENTAL, PENÍNSULA ARÁBICA, SUL DO IRÃ E ALGUMAS PARTES DA AMÉRICA DO NORTE PODEM FICAR CLIMATICAMENTE FAVORÁVEIS PARA ESSA ESPÉCIE DE MOSQUITO”. COM ISSO, AS ÁREAS DE RISCO DE DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO AEDES AEGYPTI DEVEM AUMENTAR.